sexta-feira, 24 de junho de 2011

Projeto HQ

A seguir, um pequeno registro sobre o projeto HQ que desenvolvemos em cooperação com a professora Cleusa (Sala de Leitura) que proporcionou aos alunos a construção de diferentes conhecimentos a partir do contato, leitura, reflexão de diferentes HQs, personagens, autores etc. que culminaram na possibilidade dos alunos criarem novos heróis, vilões e histórias.
Alguns HQs estudados:

No Coração da Tempestade (Will Eisner)

sobre Will Eisner:
WILL EISNER

Um dos maiores desenhistas de histórias em quadrinhos de todos os tempos, William Erwin Eisner nasceu no bairro do Brooklyn, Nova York, no dia 6 de março de 1917, faleceu na Flórida, em 3 de janeiro de 2005. Will Eisner era filho de judeus, estudou no Instituto DeWittClinton, e começou a colaborar no fanzine do colégio ao lado de Bob Kane.

Em 1936, passou a colaborar com a revista “WOW What a Magazine!”, de Samuel Iger. Na “WOW What” criou as aventuras do Captain Scott Dalton e The Flame, época em que assinava os seus desenhos como Erwin.
A revista acabou em 1937, Will Eisner fundou com Iger a “Eisner-Iger Studio”, onde criou, até 1939, as histórias de “Hawks of the Seas”. A sociedade logo terminou, Iger tornou-se diretor da editora Fiction House e Eisner começou a criar novas histórias em quadrinhos na Quality Comics Group.
Nessa época criou o personagem Doll Man e a série Falcão Negro, na qual abordava como ambiente a Segunda Guerra Mundial. No dia 2 de junho de 1940, começou a desenhar histórias de 16 páginas para suplementos de jornais, lançados aos domingos. Nesses suplementos desenhou as histórias “The Spirit”, Lady Luck e Mr. Mystic”.
A data de sua estreia no suplemento dominical marca a primeira publicação de seu personagem mais conhecido, “The Spirit”. Na década de 40, havia grande demanda editorial por personagens heróicos e fantasiados, Will Eisner tentou fugir desse estereótipo , mas acabou convencido a colocar uma máscara no rosto do “The Spirit”.
Na ficção, a verdadeira identidade de “The Spirit” é a de um detetive sem superpoderes, chamado de Denny Colt, e que tenta sempre defender a vida da população da cidade de Central City. Essa obra é considerada de vanguarda no mundo dos quadrinhos, por ter inaugurado novos estilos de enquadramentos e uso da luz e sombra nos desenhos.
No ano seguinte, em 13 de outubro de 1941, o personagem passou a ser publicado em tiras diárias. Will Eisner parou de desenhar o personagem durante a Segunda Guerra, quando passou a servir o governo norte-americano ilustrando cartazes para o exército.
Eisner retomou a série em 1945, a publicando no formato de tira dominical até 28 de setembro de 1952. Nessa época, fundou a American Visuals Corporation para a criação de comics e ilustração.
Trabalhando para diversos clientes, o novo estúdio o obrigou a diminuir a sua produção autoral de quadrinhos. Depois de alguns anos esquecido e negado por algumas editoras, na década de 70, Eisner retoma sua luta pelas histórias em quadrinhos. Em 1978, desenho a grande obra “Um Contrato com Deus”, primeira graphic novel (romance em quadrinhos) da história da indústria gráfica.
Em 1988, foi criado o Prêmio Will Eisner, que desde então, premia autores e obras de quadrinhos. Will Eisner foi um artista que, praticamente, desenhou até morrer. Esteve no Brasil no Festival de Humor e Quadrinhos de Pernambuco, no ano de 2001. Faleceu em 3 de janeiro de 2005, na cidade de Laurderdale Lakes, estado da Flórida, por complicações cardíacas de uma cirurgia.

Imagem de Will Eisner:


Alunos, lembram que comentei sobre uma peça teatral que assisti no Teatro do Sesi baseada na obra "Avenida Dropsie" e que havia uma cena de chuva de mais de 20 minutos?
A seguir algumas imagens sobre "Avenida Dropsie" e a SutilCia. de Teatro:







Lembram do Spirit, o personagem sem super poderes?


Outro HQ estudado foi Orquídea Negra:



Orquídea Negra
Em 1987, os editores Karen Berger e Dick Giordano receberam em um hotel em Londres dois jovens artistas ingleses, o escritor Neil Gaiman e o desenhista Dave McKean, que apresentaram a minissérie Orquídea Negra.
Ao aceitar a obra para publicação na América, Berger e Giordano estavam dando origem a uma autêntica renovação nos quadrinhos, a chamada "invasão britânica", um grupo de novos artistas formados na Europa que provocou uma transformação radical no mercado editorial dos comics.
Assim como Alan Moore - outro expoente da "invasão britânica", Neil Gaiman foi formado no sólido jornalismo cultural inglês, tendo trabalhado na revista 2000 AD. Com Dave McKean, Gaiman havia realizado Violent Cases, uma graphic novel de visual inovador, criada para um público que habitualmente não lia quadrinhos, mas que apreciava arte.
Orquídea Negra, a personagem, era pouco conhecida. Depois de acolhê-la para a produção da minissérie, Gaiman e McKean a reformularam e fizeram uma história com fórmula narrativa e visual que não seguia preceitos normalmente utilizados em HQs de super-heróis, de combates homéricos e supervilões.
E a obra foi um grande sucesso, com a arte de McKean e as sentenças poéticas de Gaiman aliadas a seus afiados diálogos. A trama mostra como a heroína floral parte para a selva amazônica, e os capangas de Lex Luthor fecham um cerco sobre ela. Há também, na saga, participações especiais de Batman e do Monstro do Pântano, entre outros personagens da DC Comics.

O livro em formato de HQ "Bravo, Sr. Willian Shakespeare" também foi disponibilizado aos alunos:

ATENÇÃO! ATENÇÃO!
SENHORES E SENHORAS!

O GLOBE THEATRE TEM O PRAZER DE ANUNCIAR UMA NOVA TEMPORADA DE ESPETÁCULOS TEATRAIS DE SHAKESPEARE!
QUEIRAM, POR FAVOR, TOMAR OS SEUS LUGARES PARA UM FESTIVAL DE SETE DAS MELHORES PEÇAS DO DRAMATURGO.
VEJAM:
“COMO GOSTAIS”
“ANTÔNIO E CLEÓPATRA”
“RICARDO III”
“NOITE DE REIS”
“REI LEAR”
“O MERCADOR DE VENEZA” ...e...
"MUITO BARULHO POR NADA”
CADA UMA DELAS BRILHANTEMENTE APRESENTADA SOB FORMA DE QUADRINHOS. NÃO PERCA AS FALAS DO PRÓPRIO SR. SHAKESPEARE E OS TURBULENTOS COMENTÁRIOS DA PLATÉIA!
BRAVO!

Um super herói está acima do bem ou do mal? É possível se aliar ao mal para fazer o bem? Lembram do HQ "Batman, o filho do demônio" e a sua diagramação "diferente"?


Título: BATMAN - O FILHO DO DEMÔNIO (Editora Abril) - Edição especial
Autores: Mike W. Barr (texto) e Jerry Bingham (arte).
Preço: Cz$ 2.000,00 (preço da época)
Número de páginas: 80
Data de lançamento: Janeiro de 1989
Sinopse:
Investigando um crime, Batman chega a Qaym, um assassino profissional, Ra's Al Ghul, e sua filha Talia.
O Morcego logo descobre que Qaym tem um plano genocida e que este, no passado, assassinara a esposa de Ra's. Assim, Batman se une ao seu antigo inimigo, para enfrentar a ameaça comum a ambos.
Como parte do acordo, o Cavaleiro das Trevas aceita se tornar consorte de Tália, com quem passa a viver maritalmente. A gravidez da bela jovem deixa Batman feliz como nunca esteve antes, chegando a presenteá-la com um belo colar de pedras negras e a se harmonizar com seu inimigo Ra's Al Ghul.
A possibilidade de ter um filho, alguém para quem canalizar anos de emotividade contida, muda totalmente a forma de Batman/Wayne encarar a vida. Ele não pretende deixar a criança crescer sem o pai e passa a pensar em abandonar a vida de justiceiro. Durante um ataque de Qaym, o herói fica hesitante entre agir contra os inimigos ou proteger a mãe de seu futuro rebento.
Diante dessas mudanças Ra's e Talia acham que a idéia da paternidade fez mal à personalidade que tanto admiravam. Ela, então, resolve usar a desculpa do estresse do ataque de Qaym para simular a perda do bebê.
Transtornado com o que crê ser uma nova perda, Batman direciona toda sua frustração num último ataque à base de Qaym, chegando a fornecer uma metralhadora para que Ra's Al Ghul atire nos mercenários que protegem a base.
Ao final da batalha, Batman volta para encontrar Tália, que, triste, não quer mais vê-lo.
Nove meses depois, um bebê é deixado na porta de um casal que o criará como filho. Curiosamente, junto com o bebê foi deixado um lindo colar de pedras negras.
Positivo/Negativo: Esta é uma das melhores graphic novels de super-heróis já produzidas.
Com Batman enfrentando e cooperando com um de seus mais interessantes vilões (Ra's Al Ghul, cujo nome significa "cabeça do demônio"), a história explora magnificamente a assertiva "o inimigo de meu inimigo é meu amigo".
Nesta HQ é mostrada uma outra face do Batman; um homem que nunca aprendeu a lidar com seus sentimentos, uma pessoa cujas manifestações emotivas sempre são extremas, sobretudo quando ligadas a relações familiares. Fica óbvia a deficiência na formação de Bruce Wayne, em seus anos de treino e preparação para se tornar o Morcego. Ele nunca aprendeu a lidar com pessoas.
A importância de Alfred na formação do caráter de Bruce Wayne é exposta de forma rápida e efetiva, e faz o leitor lembrar que o principal referencial emotivo na vida do jovem Bruce, por mais amigos que fossem, sempre fora um empregado que respondia às suas ordens.
Bruce Wayne acredita que todo seu sofrimento, toda sua motivação, tudo que ele é, está relacionado com a perda de seus pais. Como um pessoa com esse perfil psicológico reagiria à existência de uma família? De uma esposa? De um filho?
Esta história sofre críticas acirradas de alguns fãs do Batman. Afinal, é difícil para alguém que conhece a personalidade do Homem-Morcego, acreditar que ele mudaria tanto e tão rapidamente. Mais complicado ainda é aceitar que desse uma arma para Ra's atirar em seus oponentes.
A DC Comics resolveu, infelizmente, colocar esta aventura fora da cronologia oficial do personagem. Entretanto, o filho de Bruce Wayne e Talia volta a aparecer na série O Reino do Amanhã.
Esta obra-prima dos quadrinhos, junto com Batman Bride of the Demon (A noiva do demônio) e Batman Birth of the Demon (Nascido do demônio), forma a famosa trilogia do demônio, HQs que podem ser consideradas preciosidades.
Os roteiros e as artes são maravilhosas; e as cores figuram entre os mais belos trabalhos já vistos em histórias da DC. Infelizmente, as duas partes restantes da trilogia nunca foram publicadas no Brasil. Alô, Panini!
Essa trilogia possivelmente constitui a melhor e mais bem apresentada série com Ras Al Ghul, um dos mais enigmáticos e poderosos inimigos do Batman de todos os tempos.

A seguir alguns personagens (heróis e vilões)que foram estudados para que os alunos criassem os seus:










E agora, a criação dos alunos:





















E algumas imagens que foram tratadas digitalmente:










Um comentário:

  1. OI ARI TS BEM,GOSTEI DESSES DESENHOS O QUE MAIS GOSTEI FOI O "CRISTAL PRINCESA DO GELO" DA NATASHA DA 7°B...
    BJS ARI.

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