terça-feira, 21 de junho de 2011

Criação de Seres Híbridos

O imaginário humano é o lugar ideal para a existência de seres fantásticos. Monstros, seres híbridos – meio homem, meio animal ou animais misturados – fazem parte das diferentes culturas espalhadas pelo mundo. Diferentes mitologias como a grega, romana, egípcia ou de diferentes povos pré-colombianos etc. apresentam os seus relatos sobre essas criaturas. São minotauros, sereias ou ondinas (no Brasil, Iaras ou Mãe D’Água), centauros etc. que povoam esse “outro” mundo.
São muitos os artistas que apresentam essas criaturas em suas obras.
Os alunos das 6ªs séries estão estudando sobre “evolução” com a professora Andréa de Ciências e quatro diferentes artistas de diferentes países e épocas (Graça Morais, de Portugal; Bosch, da Holanda; Valentina Brostean, da Sérvia e Walmor Corrêa, do Brasil) com os professores Ari e Eunice de Artes.
Assim sendo, receberam a proposta para criarem em pequenos grupos, um trabalho artístico com figuras de seres híbridos ou fantásticos utilizando tinta guache e papel como suporte.
Os artistas que estão sendo estudados:

GRAÇA MORAIS
Nasceu em 1948, em Vieiro (Trás-os-Montes), Portugal. Licencia-se em 1971 em pintura pela ESBAP. Em 1974 expõe pela primeira vez no Museu Alberto Sampaio. Em 1975 funda o grupo puzzle. Entre 1976 e 1978 vive em Paris como bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian.
A pintura de Graça Morais é sobretudo uma procura de exprimir o Portugal rural que marcou a sua infância e que sempre encarnaram os seus desejos e receios. De traço forte onde é visível o fascínio por Marc Chagal (pintor), Graça Morais cria um mundo de contrastes onde o figurativo é tratado com cuidado e maestria.




HIERONYMUS BOSCH
Pintor e gravador, Jeroen van Aeken, cujo pseudônimo é Hieronymus Bosch, nasceu na Holanda em cerca de 1450 e morreu em agosto de 1516.
Muitos dos seus trabalhos retratam cenas de pecado e tentação, recorrendo à utilização de figuras simbólicas complexas, originais, imaginativas e caricaturais, muitas das quais eram obscuras mesmo no seu tempo. Sabe-se muito pouco de sua vida.
Foi especulado, ainda que sem provas concretas, que o pintor terá pertencido a uma (das muitas) seitas que na época se dedicavam às ciências ocultas. Aí teria adquirido inúmeros conhecimentos sobre os sonhos e a alquimia, tendo-se dedicado profundamente a esta última. Por essa razão, Bosch teria sido perseguido pela Inquisição. Sua obra também sofreu a influência dos rumores do Apocalipse, que surgiram perto do ano de 1500.




VALENTINA BROSTEAN
Nascida em 24 de outubro de 1983, na cidade de Novi Sad, na Sérvia.
Desde pequena mostrou interesse por arte. Passou a infância toda desenhando e pintando. Depois que terminou o ensino fundamental e médio, estudou design gráfico na Faculdade de Artes Aplicadas "Academy of Art Novi Sad" e desde 2008, é estudante de Mestrado na mesma faculdade com especialização em "livro gráfico e ilustração”.
Declaração da artista:
“Eu sempre tive um olho para a beleza estranha do grotesco da vida. O meu mundo imaginário é inspirado pela relação entre os sonhos, o mundo natural, o vazio da cultura de consumo, uma infância segura no meio de uma dura realidade. Daí surgem as minhas criaturas. Do mundo adulto para o mundo infantil. Muitas vezes o medo e o abandono estão presentes. E quem nunca se sentiu feio ou inseguro?
As minhas criaturas são uma espécie de autorretrato presentes numa paisagem fantástica do mundo da imaginação.
Para produzir os trabalhos artísticos misturo desenhos, ilustrações, tintas, colagens, rabiscos etc”.






WALMOR CORRÊA
Nascido em Florianópolis (1961) e radicado em Porto Alegre desde 1987, Walmor tem participado de importantes mostras de arte contemporânea desde o início da década. Em 2004, ganhou sala especial na 26ª Bienal Internacional de São Paulo. Um ano depois, participou de, pelo menos, quatro coletivas internacionais importantes, além do Panorama da Arte Brasileira, no MAM-SP. Em 2006, participou, ainda, da mostra Cryptozoology, nos Estados Unidos, ao lado de artistas como John Fontcuberta e Mark Dion. Na ocasião, exibiu pinturas da série Unheimlich, na qual dissecou cinco seres do imaginário popular brasileiro: a Ondina, o Ipupiara, o Curupira, o Capelobo e a Cachorra da Palmeira. Além de integrarem o folclore do país, esses seres guardam, em comum, o fato de serem híbridos de humanos com animais.






A seguir os trabalhos artísticos dos alunos:


























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